Picape e carreta capotam após colidirem na BR 365
Um acidente envolvendo uma picape Fiat Toro e uma carreta carregada com britas deixou os dois condutores envolvidos com ferimentos leves. O fato ocorreu na tarde dessa quarta-feira (27), o km 385 da BR 365, em Patos de Minas (MG).
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ao caminhão seguia sentido Varjão de Minas e a picape seguia no sentido contrário. Ao as cruzarem, os veículos colidiram lateralmente. Após a colisão, ambos os veículos saíram de pista e capotaram.
Nenhum dos condutores ficaram presos às ferragens, mas provavelmente ambos os veículos sofreram perda total. Ambos os motoristas tiveram ferimentos leves e foram encaminhados ao Hospital Regional Antônio Dias (HRAD) pelo SAMU e Corpo de Bombeiros.
CPI do Legislativo Patense que investiga a Copasa ouve depoimento de funcionários da companhia
Fonte: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Patos de Minas.
A Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI/01/2021, que investiga denúncia de possível descumprimento do contrato por parte da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), realizou a 22ª e 23ª oitiva na tarde dessa terça-feira (19/9), oportunidade em que ouviu Saulo de Lima Bernardes, gerente do Distrito Regional da Copasa, e Júlio Cézar Caetano, engenheiro de Sistema da Copasa.
Depoimento Saulo de Lima Bernardes
O primeiro a ser ouvido no dia foi Saulo de Lima Bernardes. Em seu depoimento, ele relatou que trabalha na Copasa há 28 anos, que começou como operador de tratamento de água e que, atualmente, atua como gerente do Distrito Regional da companhia, cargo esse ocupado desde 2015. Segundo ele, em 2008, ocupava o cargo de engenheiro de produção e operação.
Questionado pelo vereador-relator José Eustáquio de Faria Junior sobre a denúncia realizada pelo Sr. Wilson, que alega que a Copasa descumpre obrigações contratuais, o depoente disse que conhece o contrato realizado entre a Copasa e o Município e afirmou discordar da afirmação do relator. “As obras preconizadas no contrato e no aditivo estão sendo cumpridas. Todas as obras pactuadas foram concluídas, entretanto há áreas pendentes de regularização em que a Copasa não pode atuar. Em praticamente todas as localidades rurais, há questões judiciais que estão postergando a realização das obras”, destacou Saulo.
Questionado se a Copasa cumpriu o cronograma físico que integra o contrato firmado em 2008, ou seja, por que foi realizado o aditivo contratual em 2019, o gerente afirmou que o aditivo se deu para a repactuação das metas. Segundo ele, existem, no contrato, prazos que precisavam ser cumpridos, o que não foi possível por questões judiciais, como, por exemplo, o esgotamento sanitário nos distritos como Bonsucesso e Areado.
Indagado pelo vereador-relator sobre qual a data era para ser concluída a estação de tratamento de esgoto em Bonsucesso, o depoente afirmou que já existia tratamento de esgoto à época na localidade. Questionado também sobre a conclusão da estação de tratamento de esgoto em Santana de Patos, Saulo disse que, em 2010, no último dia 15 de setembro, foi dada ordem de serviço para a realização das obras e afirmou que o aditivo se deu pela repactuação de prazos.
O depoente foi questionado sobre o cumprimento e revisão do Plano de Saneamento, também anexo ao contrato, ao que Saulo Bernardes afirmou que o Plano é uma peça do Município, que foi elaborado em 2008, com prazo de validade de 4 anos.
De acordo com o vereador-relator, o último relatório de fiscalização feito pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de MG - Arsae realizado em dezembro de 2020, os bairros Coração Eucarístico, Residencial Barreiro, Nossa Senhora de Fátima, Alvorada, Residencial Itamarati, Alto dos Caiçaras, Residencial Limoeiro, Condomínio Terra Nova, Nossa Senhora Aparecida, Vila Rosa, Cristo Redentor, Campos Elíseos, Distrito Industrial I e II e Novo Planalto não possuem tratamento de esgoto. Diante disso, o depoente foi questionado se essa situação já havia sido regularizada. Saulo alegou que sim. “As obras das elevatórias 8, 9 e 17 foram concluídas. Isso se trata de um ciclo de obras, e as que estão em andamento são referentes a elevatórias estimadas no valor total de cerca de 12 milhões de reais”, salientou.
Ainda segundo o relatório da Arsae, para possibilitar o transporte de todo o esgoto, são necessárias a construção de, no mínimo, mais 6 estações elevatórias de esgoto. Conforme o termo aditivo, as construções deviam estar concluídas até o fim de 2020. O vereador-relator perguntou ao depoente se essas estações foram construídas, e Saulo respondeu que elas ainda estão em construção. “Os prazos foram pactuados, conforme aditivo firmado na gestão do prefeito José Eustáquio Rodrigues Alves”, informou o gerente.
O vereador-relator informou ainda que, de acordo com o relatório da Arsae, deveria ser instalado um novo sistema supervisório de conjunto motobomba até março de 2021, para evitar extravasamento de esgoto, em caso de falha na unidade de bombeamento em operação. Diante disso, José Eustáquio questionou ao depoente se o sistema foi instalado dentro do prazo, e ele afirmou não se saber de qual unidade a que se refere a pergunta. “Há 10 elevatórias de esgoto e nem todas possuem o novo sistema supervisório” alegou Saulo.
José Eustáquio salientou que, no Panorama de Prestação de Serviços da Arsae, divulgado em junho de 2021, consta que apenas 60,2% do volume de esgoto coletado é tratado. “Já a Copasa afirma que trata 90% do esgoto. Quem está mentindo?”, indagou o relator. Saulo informou que, conforme o cadastro comercial e o cadastro técnico georreferenciado que identifica as residências e respectivas elevatórias de esgoto, ele não tem conhecimento do referido relatório, e, ainda, confirmou que a Copasa trata 90% do esgoto.
De acordo com o vereador-relator, no relatório de fiscalização referente ao abastecimento de água, a Arsae informou que, em entrevista com o Promotor Público, este afirmou que as manobras realizadas na distribuição de água nos meses de estiagem e de maior consumo se assemelham a um racionamento. Diante dessa informação, José Eustáquio questionou ao depoente se a Copasa faz racionamento de água sem informar os consumidores, já que a própria Copasa justificou que as faltas de água se deram pela alta do consumo em dias sem chuva.
Em resposta, Saulo afirmou que a Copasa não faz racionamento de água sem comunicar os consumidores e que, se for necessário o racionamento, a companhia faz comunicação ao Legislativo, à Arsae, ao Executivo e ao Ministério Público. “Estou em Patos de Minas há 18 anos e eu não conheço racionamento em Patos”. Segundo ele, as faltas de água intermitentes devem ser solucionadas por reservas criadas pelos próprios consumidores e informou que há obras de ampliação em execução nesse sentido.
O depoente foi indagado pelo vereador Mauri Sérgio Rodrigues - Mauri da JL se “ele tem interesse que a Copasa se dê bem com o Município”, e Saulo respondeu que o contrato tem que ser cumprido por ambas as partes. Mauri questionou, ainda, que “se caso a Copasa o contrato com o Município, se ele perderia o emprego”. Em resposta, o depoente alegou que não sabe. “Essa é uma boa pergunta”, apontou o Saulo.
O vereador-relator questionou, tendo em vista que a própria Copasa justificou a interrupção do abastecimento pelo aumento do consumo em dias sem chuva, se é lógico concluir que é necessária uma expansão das reservas de água. O depoente afirmou que a distribuição sim, pois, reservas, a Copasa tem 30% a mais do que é preconizado pela lei. “Em caso de um possível crime ambiental, já foi feito um estudo, no entanto não se consegue fazer uma reservação sem prejudicar o atual abastecimento de água. Se o Rio Paranaíba secasse, teria que se buscar água no Rio São Francisco. O estudo mostra que as propostas de reserva até então apresentadas são inviáveis. O Plano B para a possível falta de água é captar água em Nova Ponte ou na bacia do Rio São Francisco. Conforme estudo geológico, não há vazão suficiente de postos artesianos para abastecer Patos de Minas”, informou o Saulo.
José Eustáquio expôs que um relatório feito pela Arsae concluiu que a Copasa não informa os consumidores com antecedência das interrupções superiores a 12 horas, descumprindo a Resolução n.º 129/2019, e questionou se essa situação já foi resolvida. Saulo alegou que, em situações de interrupções superiores a 12 horas, a Copasa faz a devida comunicação à população.
De acordo com o vereador-relator, o mesmo relatório concluiu que a Copasa não enviou à Arsae 4 resultados que indicam a presença de coliformes totais nas amostras de outubro de 2020 e perguntou o porquê de a Copasa esconder tais resultados. Saulo disse que não tem esse documento em mãos, mas acredita que pode ter havido um equívoco de digitação dos dados, ou seja, que pode ter ocorrido um erro no lançamento dos dados.
O vereador Mauri da Jl questionou ao depoente se existe rede de amianto do município, e ele afirmou que sim. A vereadora-presidente Elizabeth Maria Nascimento e Silva - Professora Beth, indagou se há previsão para a substituição da rede de amianto. Saulo informou que “não há estudo que comprove a prejudicialidade à saúde decorrente da ingestão de água que passa pelos tubos de cimento amianto”. E assegurou: “Toda vez em que há rompimento da rede de amianto, a rede é substituída”.
O vereador-relator destacou que a Arsae concluiu ainda que a Copasa não possui equipamento para análise da coloração, bem como não faz análises complexas a cada 6 meses, impossibilitando a análise de potabilidade da água. “Se nem a Arsae pode dizer que a água é potável, como a população pode confiar no serviço da Copasa?”. Em resposta, Saulo disse que a confiabilidade do serviço prestado pela Copasa pode ser evidenciada através da análise de potabilidade que é feita nas residências.
José Eustáquio expôs que o contrato firmado em 2008 dispõe, em sua Cláusula 5ª, item 1, alínea “L”, que é obrigação da Copasa rastrear todos os imóveis que tenham redes clandestinas de esgoto, para que o Município possa multá-los. Ele questionou ao depoente se a Copasa tem feito esse rastreio, e o Saulo respondeu que existe um contrato de caça-esgoto, pois é preciso que os esgotos cheguem à estação de tratamento. “Na parte central, que é antiga, ainda há a mistura de drenagem de esgoto com a drenagem pluvial. Quando são identificadas as ligações irregulares, o Município é acionado para entrar com o poder de polícia e regularizar a situação. Assim, eu não sei precisar o número de ligações irregulares”, informou.
Saulo também foi questionado pela vereadora-presidente Professora Beth, sobre qual o motivo do mau cheiro na ETE do Quebec e o que a Copasa pode fazer amenizar o mau cheiro. Segundo ele, “por se tratar de um tratamento biológico, infelizmente é ocasionado aquele mau cheiro, pois essa foi a escolha feita na época em projeto do Município datado de 2004. Quando o bairro foi para lá, a Copasa já estava construindo as estações de tratamento de esgoto no local. Há um trabalho acompanhado pelo Ministério Publico Federal que visa mitigar o odor. Além disso, já foram detectados alguns pontos de melhorias em projeto que está sendo construído, os quais foram colocados à disposição do Ministério Público Federal, e a previsão é que o referido projeto seja entregue até dezembro deste ano”.
Em seguida, o gerente do Distrito Regional da Copasa foi questionado se o tratamento biológico não foi o pior tipo de tratamento escolhido, tendo em vista a proximidade das elevatórias com as residências. Saulo respondeu que, quando o tipo de tratamento foi escolhido, não havia o loteamento na época, já que lá era apenas uma fazenda. “O tratamento biológico é o tratamento utilizado mais comum e efetivo, porém estamos tendo esses problemas, porque a população chegou próximo às redes de tratamento. Temos o tratamento de lodo ativado, por meio do qual não haveria o problema do mau cheiro, mas a escolha foi feita em 2004, quando não havia loteamentos aprovados”, explicou Saulo.
O vereador-relator citou que durante visita “in loco”, a comissão encontrou diversos pontos de descarte de esgoto “in natura”, ou seja, sem qualquer tipo de tratamento. Assim, José Eustáquio, tendo em vista que muitos desses pontos são de conhecimento público e de fácil localização, e, ainda, a responsabilidade da Copasa de localizar tais descartes, questionou o porquê de a empresa ainda não ter solucionou esse problema. Segundo o depoente, há um cadastro que identifica esses problemas e complementou que as elevatórias que estão sendo construídas, solucionarão esses problemas.
A possibilidade de transferir a ETE para outro local e, assim, resolver o mau cheiro naquele bairro, também foi um dos questionamentos realizados pelo vereador João Batista de Oliveira - João Marra. Em resposta, Saulo alegou que a referida ETE trata-se de uma obra de 140 milhões, o que, de certa forma, inviabiliza a retirada da obra na localidade.
Na ocasião, o vereador José Luiz Borges Júnior indagou o depoente sobre se, em algum momento, teria encontrado alguma irregularidade no trabalho da companhia, visto que uma de suas funções é a fiscalização. Saulo alegou não que encontrou irregularidades na Copasa e que há padrões operacionais que são seguidos, que ocorrem de duas em duas horas. Além disso, afirmou que as cláusulas do contrato estão sendo cumpridas.
José Luiz também perguntou ao gerente do Distrito Regional se ele considera a Copasa como uma empresa transparente. Saulo afirmou que sim. “A Copasa é transparente e ética”, salientou. O vereador relembrou ainda sobre uma a notícia de março de 2017, segundo a qual houve uma preparação, ou seja, uma manipulação na elaboração dos relatórios que foram apresentados a esta Casa. O depoente afirmou ter conhecimento sim e relatou que “esse e-mail foi passado erroneamente pela secretária da Copasa, que deveria enviar o e-mail para o presidente da Copasa, no entanto, ela enviou erroneamente o e-mail para a Câmara Municipal”.
Na oportunidade, o vereador José Luiz citou que foi feita uma requisição por esta CPI à Copasa no sentido de que fosse informado o lucro que a empresa obteve no Município e questionou ao depoente se ele tem notícia dessa requisição, visto que a primeira requisição foi respondida, dizendo que não iriam ser informados os valores por causa da comissão de valores mobiliários (CVM) e por qual motivo. Em resposta, Saulo alegou que essas informações são sigilosas e são repassadas anualmente ao poder Executivo. “O valor de arrecadação da Copasa referente a todo o Estado está disponível no Portal da Transparência da companhia. O georreferenciamento é sigiloso e estratégico” ressaltou o depoente.
Ao final, a vereadora-presidente Professora Beth informou que, entre o depoimento do Saulo e as inúmeras reclamações e reivindicações da população, existe um “abismo”. Ela questionou ao depoente o porquê de os moradores dos distritos pagarem a taxa de esgoto, uma vez que eles não recebem esse tratamento. “É justo, baseado em quê?”, indagou a vereadora. Em contrapartida, Saulo alegou que a Copasa trabalha de acordo com a regulação da Arsae. “Os distritos pagam por aquilo que a Copasa trata, conforme o regulamentado pela Arsae. A Copasa não cobra aquilo que ela acha que deve cobrar. […] A partir do dia 1º de agosto de 2021, o esgoto seja tratado ou seja só coletado e transportado, a tarifa é a mesma”, declarou Saulo.
Ainda de acordo com a vereadora-presidente, há vídeos de descarte de esgoto irregular por caminhões provavelmente da Copasa e indagou ao depoente sobre essa situação. Em resposta, Saulo alegou que a Copasa faz limpeza nas redes coletoras, mas não faz descarte irregular. “Acredito que sejam empresas clandestinas, porque todos os caminhões que trabalham para a Copasa são equipados pela logomarca”.
Questionado também sobre a quantidade de funcionários diretos e indiretos há na companhia, Saulo informou que são em torno de 110 empregados diretos, e, aproximadamente, 40 a 50 empregados terceirizados. A Professora Beth o perguntou sobre a falta de manutenção na mata ciliar às margens do Rio Paranaíba e se há reflorestamentos feitos pela Copasa ao longo do rio. O depoente afirmou que a Copasa tem o Promananciais, que trabalha em parceria com o Pronascentes para a recuperação de nascentes, e, por outro lado, afirmou: “Não é feita recuperação de mata ciliar, uma vez que se trata de áreas particulares”.
Depoimento de Júlio Cézar Caetano
Na oportunidade, o vereador-relator José Eustáquio perguntou o depoente quanto tempo ele trabalha na Copasa. Júlio Cézar informou que entrou na companhia desde 1995, em Paracatu, como Técnico Químico; em 2006, veio para Patos de Minas para trabalhar na área de obras; e, em 2011, assumiu o cargo de engenheiro de Sistema da Copasa. “Meu trabalho é operacional, não tomo decisões administrativas”, destacou o depoente.
Sobre o contrato firmado entre a Copasa e o Município, Júlio Cézar alegou não ter participado das tratativas do contrato, mas afirmou que tem conhecimento do documento. O vereador-relator citou que o denunciante, Sr. Wilson, alega que a Copasa descumpre obrigações contratuais e que, posteriormente a essa denúncia dele, surgiram muitas outras denúncias contra a companhia. O depoente foi questionado se ele confirma tais alegações. Segundo Júlio Cézar, as dificuldades enfrentadas são muitas, inclusive quanto à liberação de áreas, pois, sem a liberação de áreas não se consegue construir as elevatórias. “Há, por exemplo, dificuldades de liberação da Cemig, o que pode ter ocasionado alguns descumprimentos de prazos pela Copasa ”, salientou.
Indagado sobre o que a Copasa não cumpriu dentro do prazo, como, por exemplo, a construção das elevatórias nos distritos, Júlio Cézar disse que seu trabalho se ateve a Patos de Minas, pois não trabalha com os distritos. “Não tenho como te falar alguma coisa dos distritos”, alegou.
Na ocasião, o vereador José Luiz Borges Júnior perguntou ao depoente se a Copasa faz descarte de esgoto no sistema by passe. O depoente explicou que, quando a Copasa assumiu, em 2008, o sistema de esgoto da Prefeitura, não existia interceptor, e que, assim, o esgoto era lançado na rede pluvial, o que, na época, não fazia diferença, porque tudo ia para o rio. “Todos os by pass que são identificados são retirados, porém, se não houver ajuda da população, não há um saneamento legal”, destacou Júlio Cézar.
O vereador José Luiz ainda o questionou sobre o possível lançamento de esgoto por caminhões da Copasa no Rio Paranaíba, ao que o depoente alegou que a informação não procede. “Os esgotos recolhidos pelos caminhões são lançados em interceptores que conduzem o esgoto para as elevatórias”, informou. Questionado pelo vereador-relator se Copasa cumpriu o cronograma físico que integra o contrato firmado em 2008, Júlio Cézar disse que não, sendo esse o motivo pelo qual foi pactuado o aditivo entre a Copasa e a Prefeitura.
Sobre o aditivo contratual de 2019, o depoente foi questionado se todas as tratativas já foram cumpridas até o momento. “Acredito que sim. E o que eventualmente não estiver sendo cumprido é por falta de liberação de área”, frisou o depoente. José Eustáquio ainda o questionou sobre o Plano de Saneamento, também anexo ao contrato, ou seja, se ele foi integralmente cumprido. Júlio Cézar alegou ter participado recentemente da construção do Plano de Saneamento que está ainda em fase de elaboração. “É um Plano caro, que foi recontratado e que está sendo muito bem-feito, no entanto, mesmo sendo convidados, os vereadores e a população não têm participado dessa reelaboração”, acentuou o depoente.
De acordo com o vereador-relator, o último relatório de fiscalização feito pela Arsae, de dezembro de 2020, os bairros Coração Eucarístico, Residencial Barreiro, Nossa Senhora de Fátima, Alvorada, Residencial Itamarati, Alto dos Caiçaras, Residencial Limoeiro, Condomínio Terra Nova, Nossa Senhora Aparecida, Vila Rosa, Cristo Redentor, Campos Elíseos, Distrito Industrial I e II e Novo Planalto não possuem tratamento de esgoto. Diante dessa informação, o depoente foi questionado se a situação já foi regularizada. Segundo o depoente, os bairros da parte alta, da Marabá para cima, estão dependendo da elevatória 7, que está sendo construída na região dos 30 Paus, com previsão de início de funcionamento em novembro, embora a conclusão esteja prevista para março de 2021.
O vereador-relator questionou Júlio Cézar se, mesmo não tendo tratamento de esgoto nesses 14 bairros, ele ainda confirma que a Copasa trata 90% do esgoto do município. O depoente afirmou que sim e relatou que atualmente, há aproximadamente 6.000 “economias” não tratadas. O vereador José Eustáquio perguntou ao depoente se não há precisão de 100% na medição dos hidrômetros, e se, dessa forma, há a possibilidade de as pessoas estarem pagando por ar como se água fosse. O depoente afirmou que sim, quando ocorrem as intermitências de água.
Questionado sobre qual é o valor do investimento da Copasa em 2020 no município, Júlio Cézar disse que não tem essa informação. Sobre se o número de funcionários atualmente existente consegue atender, a contento, as demandas necessárias, o depoente alegou que sim. Ainda segundo o relatório da Arsae, para possibilitar o transporte de todo o esgoto, eram necessárias a construção de, no mínimo, mais 6 estações elevatórias de esgoto, construções essas que deviam estar concluídas até o fim de 2020, conforme termo aditivo. O vereador-relator questionou ao depoente se essas estações foram construídas. Em resposta, Júlio Cézar disse que são 5 elevatórias: 12, 13, 8, 7, 10 e 3, umas já em funcionamento e, outras, não.
O relatório da Arsae também dispõe que deveria ser instalado um novo sistema supervisório de conjunto motobomba até março de 2021, para evitar extravasamento de esgoto em caso de falha na unidade de bombeamento em operação. José Eustáquio perguntou ao depoente se tal sistema foi instalado dentro do prazo. Júlio Cézar alegou que há bomba reserva em todas as elevatórias, no entanto, na elevatória 6, havia acabado de queimar uma bomba quando chegou o pessoal da Arsae. “Quando há queima de equipamentos, há a rápida reposição, uma vez que se trata de uma grande rede, com abrangência em todo o estado de Minas Gerais”, explicou.
De acordo com o Panorama de Prestação de Serviços da Arsae, divulgado em junho de 2021, consta que apenas 60,2% do volume de esgoto coletado é tratado, visto que a Copasa afirma que trata 90% do esgoto, o vereador-relator indagou ao depoente: “Quem está mentindo?”. Júlio Cézar alegou não ter ciência desse laudo.
O vereador-relator mencionou que, no relatório de fiscalização referente ao abastecimento de água, a Arsae informou que, em entrevista com o Promotor Público, este afirmou que as manobras realizadas na distribuição de água nos meses de estiagem e maior consumo se assemelham a um racionamento. Diante disso, José Eustáquio indagou o depoente se a Copasa faz racionamento de água sem informar os consumidores, já que a própria companhia justificou que as faltas de água se deram pela alta do consumo em dias sem chuva. Júlio Cézar alegou que o racionamento é feito quando há falta de água. “Com o crescimento da cidade, a capacidade de bombeamento imediato de água está pequeno. Assim, será feita a ampliação de 5 elevatórias de água, as quais serão, praticamente, duplicadas, obras essas que estavam previstas para 2027, porém, como a cidade cresceu bastante, essas obras serão antecipadas. Quando há a falta de água, a Copasa informa à imprensa e à televisão, pois não existe uma forma de falar boca a boa para as pessoas”, relatou o depoente.
Esse mesmo relatório concluiu que a Copasa não enviou à Arsae quatro resultados que indicam a presença de coliformes totais nas amostras de outubro de 2020. O vereador-relator questionou o depoente o porquê de a Copasa esconder tais resultados. De acordo com Júlio Cézar, isso acontece, uma vez que pode ter havido erro de coleta. “Há uma análise diária da coleta e, além disso, acredito que esse resultado não se trata de ocorrência generalizada”.
De acordo com o vereador-relator, o contrato firmado em 2008 dispõe, em sua Cláusula 5ª, item 1, alínea “L”, que é obrigação da Copasa rastrear todos os imóveis que tenham redes clandestinas de esgoto, para que o Município possa multá-los. Diante disso, o depoente foi questionado se a Copasa tem feito esse rastreio. Júlio Cézar afirmou que sim: “Quando é feito o lançamento de esgoto na rede pluvial, é ocasionado mau odor, o que facilita a identificação. Também é utilizada a técnica de fumaça para identificação desses pontos” E assegurou: “Ao assumir o serviço de esgotamento sanitário, o Município não repassou à Copasa nenhum cadastro. Hoje, houve uma diminuição radical dos problemas. Os problemas maiores ocorrem por lançamento de detritos na rede de esgoto”.
Questionado pela vereadora-presidente Elizabeth Maria Nascimento e Silva - Professora Beth se existe um projeto de conscientização da Copasa para o não lançamento de lixo na rede de esgoto, o depoente disse que, embora haja, por exemplo, o projeto Chuá, não há projeto específico nesse sentido. Indagado também se existe algum projeto da companhia em parceria com as empresas de conservação de limpeza na cidade, Júlio Cézar alegou que a Copasa está aberta a parcerias nesse sentido. “A Copasa quer isso. Mostrar o que a gente faz”, declarou.
O vereador José Luiz indagou ao depoente sobre fotos evidenciando o lançamento de esgoto bruto por caminhões no Rio Paranaíba, ao que Júlio Cézar alegou que o que está sendo demonstrado nas fotos não se trata de esgoto bruto.
Questionado pela vereadora-presidente Professora Beth sobre os pontos que podem ser melhorados pela Copasa, Júlio Cézar disse que está sempre à disposição para receber sugestões e notificações de situações que precisem de intervenção da Copasa. Ao final, o depoente foi questionado sobre a solução do esgoto que ainda é lançado in natura no Rio Paranaíba. Por sua vez Júlio Cézar alegou que o problema do esgoto in natura no Rio Paranaíba será solucionado até o final deste ano, embora o prazo final para a conclusão da obra é março de 2022, pois depende também da colocação de energia elétrica no local e da aquisição de equipamentos específicos.
Principais encaminhamentos
O vereador Mauri Sérgio Rodrigues - Mauri da JL requereu que sejam solicitadas as comprovações das informações prestadas pelo senhor Saulo de Lima Bernardes, a fim que, caso sejam inverídicas, seja acionado o poder de polícia pedindo a prisão do gerente do Distrito Regional da Copasa. O vereador José Luiz Borges Júnior, igualmente, requereu a prisão em flagrante do senhor Saulo, dizendo que o depoente, além de faltar com a verdade, recusou-se a cumprir determinação legal emanada por esta CPI, incorrendo, assim, no crime previso no artigo 330 do Código Penal, já que a comissão parlamentar de inquérito tem o poder de determinar a prisão em caso de “flagrante delito”, na medida em que as comissões têm “poderes de investigação próprios das autoridades judiciais”. Em resposta, a presidente Elizabeth Maria Nascimento e Silva - Prof.ª Beth determinou à Procuradoria Jurídica da Casa a solicitação formal das informações negadas, de forma que, após a análise dos documentos, caso seja constatada a prestação de informações inverídicas
Volta às aulas presenciais será obrigatória em Patos de Minas
O retorno presencial às atividades na rede municipal de ensino passa a ser obrigatório a partir da próxima quarta-feira (3/11), segundo o Decreto 5.130
Fonte: Prefeitura de Patos de Minas
O retorno presencial às atividades na rede municipal de ensino passa a ser obrigatório a partir da próxima quarta-feira (3/11), segundo o Decreto 5.130, publicado pela Prefeitura de Patos de Minas nesta quarta-feira (27/10). A norma estabelece que somente será dispensado da presença em sala de aula o aluno que apresentar à escola atestado médico justificando o afastamento.
Não há mais necessidade de distanciamento dentro das unidades de ensino, e há mudanças também no protocolo mediante caso positivo no ambiente escolar: o aluno com teste positivo para Covid-19 ficará afastado do ensino presencial por 10 dias, mesmo período pelo qual os seus contactantes diretos* devem permanecer em quarentena.
As aulas presenciais em uma turma só serão suspensas, e por sete dias, no caso de dois ou mais colegas de classe serem afastados em razão da confirmação da doença. O decreto prevê que casos específicos devem ser analisados minuciosamente pela Vigilância Sanitária do município.
A nova norma também prevê:
o transporte coletivo urbano e rural de passageiros, inclusive o transporte escolar de alunos, pode ser realizado com ocupação total permitida;
fica autorizado o retorno de todas as atividades do comércio local, no âmbito público e privado, observada a capacidade máxima de 80% de ocupação do local, bem como o uso obrigatório de máscara, álcool gel, distanciamento social de 90 centímetros e demais protocolos de prevenção ao contágio do novo coronavírus.
Estão inclusos: velórios e atividades coletivas de cinema, teatro, boates, festas com ou sem vendas de ingresso e bilheteria, serestas em clubes sociais; academias; salões de festa; igrejas e templos religiosos; exposições culturais, empresariais e afins; leilões e afins, ficando dispensado a aferição de temperatura;
academias podem funcionar em horários livres, sem necessidade de agendamento prévio de horário por aluno, desde que respeitado o limite de ocupação (80%) e o distanciamento de 1,5 metro entre pessoas.
saunas poderão funcionar para frequentadores maiores de 18 anos, respeitando o distanciamento de 1,5 metro entre pessoas.
permanece obrigatório o uso de máscaras faciais, como meio de prevenção ao novo coronavírus em todo território municipal.
O novo decreto entra em vigor hoje e revoga os anteriores de números 5.109 (16 de setembro de 2021) e 5.123 (7 de outubro de 2021).
*Contactante direto é aquela pessoa que fica no mínimo 15 minutos diários, a distância menor que 1,5 metro, de alguém positivo, e algum deles sem a proteção de máscara.
Condutor fica ferido ao cochilar ao volante e tombar caminhão carregado com tijolos
Um motorista de 34 anos ficou ferido na madrugada dessa quarta-feira (27), após cochilar ao volante e tombar um caminhão carregado com tijolos. O fato ocorreu na altura do km 93 da rodovia MG 230, em Patrocínio (MG).
Segundo informações da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o condutor relatou que seguia com o caminhão VW / 24.380 sentindo Ibià/Patrocínio. Devido ao cansaso físico, cochilou ao volante, tombando à direita da pista de rolamento.
O caminhão que estava carregado com aproximadamente 5.000 tijolos baiano, ficou tombado à direita da pista, obstruindo parcialmente uma da vias da pista de rolamento. A carga tombou na faixa de domínio e parte ficou dentro da carroceria.
O condutor queixava de dores no membro inferior esquerdo e no quadril e foi socorrido até o Pronto Socorro de Patrocínio pela viatura policial do 46° BPM.
PMCD realiza mutirões de recolhimento de materiais inservíveis
Os agentes do programa atuaram nos bairros Jardim Recanto, Nossa Senhora Aparecida e Santo Antônio.
Fonte: Prefeitura de Patos de Minas
Mutirões de recolhimento de materiais inservíveis são ações importantes desenvolvidas regularmente pelo PMCD para combater o Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Nessa terça-feira (26/10), por exemplo, agentes do programa atuaram nos bairros Jardim Recanto, Nossa Senhora Aparecida e Santo Antônio.
Além de sacolas plásticas, garrafas, latas, brinquedos e lixo doméstico, foram encontrados aparelhos eletroeletrônicos. Vale lembrar que a prefeitura oferece o Cata-Treco, serviço de coleta de móveis e demais itens inutilizados que precisam ser descartados. Para solicitar o recolhimento, basta entrar em contato pelo telefone 3822-9718.
Descartar o lixo que produzimos adequadamente é algo simples e que ajuda a evitar uma série de problemas, dentre eles a propagação de doenças. Com a chegada do período de chuvas, qualquer item que acumula água torna-se ambiente propício para a procriação do Aedes aegypti, por isso a ação de cada um é muito importante.
Devemos nos lembrar sempre de que o melhor tratamento contra a dengue é a prevenção! Faça sua parte!
Governo de Minas lança consulta pública para outros quatro lotes do Programa de Concessões Rodoviárias
No trecho ligando Patos de Minas a Arcos, o concessionário deverá instalar 58,7 km de acostamento e um contorno de 21,6 km no município de Arcos.
Fonte: infraestrutura.mg.gov.br
O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), abre, nesta quarta-feira (27/10), consulta pública para o processo de concessão de outros quatro lotes do Programa de Concessão Rodoviárias do Estado. O projeto foi estruturado com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O acesso pode ser feito clicando aqui.
Os quatro lotes somam, aproximadamente, 1.500 quilômetros de extensão. As vias estão localizadas entre Varginha e Furnas (432,8 km), São João Del Rei (452 km), Lagoa da Prata e Itapecerica (442,9 km), e entre Arcos e Patos de Minas (231,3 km).
Durante 45 dias, a população poderá opinar sobre o projeto, que tem investimentos estimados em R$ 6,6 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão, sendo R$ 2,7 bilhões nos seis primeiros anos. A perspectiva é que a publicação do edital ocorra até janeiro e o leilão até abril de 2022.
Estruturação
Em sua totalidade, o Programa de Concessões Rodoviárias prevê a modelagem de sete lotes, sendo que os referentes ao Triângulo Mineiro, Sul de Minas, Varginha-Furnas, São João Del Rei, Itapecerica-Lagoa da Prata e Arcos-Patos de Minas estão em estruturação pelo BNDES.
O Lote Ouro Preto, por sua vez, tem sido modelado pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os lotes do Triângulo Mineiro e do Sul de Minas já tiveram consulta pública encerrada, e devem ter edital publicado ainda no mês de novembro.
A malha em estudo para concessão totaliza uma extensão de aproximadamente 3 mil quilômetros e contempla cerca de 120 municípios, beneficiando diretamente mais de 5 milhões de pessoas. A expectativa do Governo de Minas é que sejam atraídos mais de R$ 11 bilhões em investimentos privados para a ampliação de capacidade e recuperação das rodovias, fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico do Estado.
De acordo com o Superintendente da Área de Estruturação de Projetos do BNDES, Cleverson Aroeira, “a abertura da consulta pública para concessão de mais quatro lotes de rodovias em Minas Gerais representa um marco importante para ampliar o investimento privado no setor rodoviário e sinaliza o avanço do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado, que conta com o apoio da Fábrica de Projetos do BNDES na estruturação de seis lotes rodoviários”.
Audiências Públicas
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) vai realizar, entre os dias 17 de novembro e 1 de dezembro, uma série de Audiências Públicas para apresentação dos quatro novos lotes do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo de Minas.
Além da oportunidade de divulgar o projeto, as audiências garantem mais transparência ao processo, sendo uma importante ferramenta de participação dos cidadãos na construção de políticas públicas, junto ao governo.
Devido à pandemia, a participação presencial seguirá regras específicas, considerando a limitação de espaço e pessoas, nos termos dos protocolos determinados pelo Minas Consciente.
Os interessados em acompanhar a reunião presencialmente deverão fazer inscrição prévia pelo e-mail [email protected]. A mensagem deverá ser encaminhada até 18h do dia útil anterior à audiência e conter nome completo, endereço de e-mail e empresa/entidade que representa, conforme disposto no regulamento disponível no site da Seinfra.
Cabe reforçar que é obrigatório o uso de máscaras nas dependências do local e durante toda a realização da audiência pública presencial, além do cumprimento de todas as medidas sanitárias e de isolamento. As regras de participação e utilização da palavra estão no regulamento disponível no site da Seinfra.
Datas das Audiências Presenciais:
Lagoa da Prata – 17/11 (quarta-feira) - 13 horas
Patos de Minas – 18/11 (quinta-feira) - 13 horas
São João Del Rei – 30/11 (terça-feira) - 13 horas
Varginha – 01/12 (quarta-feira) - 13 horas
Os endereços dos locais em que serão realizadas as Audiências Públicas serão divulgados posteriormente no site da Seinfra. Haverá também a transmissão ao vivo das reuniões, no mesmo dia e horário, no canal da Seinfra no YouTube.
Benefícios
Além da geração de mais de 125 mil empregos, entre diretos e indiretos, a concessão dos quatro lotes colocados em consulta tem como pilar a segurança dos usuários que trafegam pelos trechos.
Nas rodovias que compõe os quatro Lotes Rodoviários em Consulta Pública, há uma média histórica de 599 acidentes por ano, no total. Além do inestimável valor dessas vidas e do sofrimento gerado às famílias, a ocorrência de acidentes nessas estradas custa ao Estado mais de R$ 194 milhões por ano.
A expectativa com o Programa de Concessões Rodoviárias é o aprimoramento da segurança viária e da qualidade das estradas mineiras, com melhora dos indicadores. Estima-se que, com a concessão, haja uma redução de mais de 257 acidentes anuais e uma economia de aproximadamente R$ 83 milhões por ano com os custos decorrentes desses atendimentos.
Além da melhoria para os usuários, o projeto terá reflexos positivos para o governo estadual, que gasta, anualmente, apenas nas rodovias diretamente sob sua responsabilidade, cerca de R$ 366 milhões com acidentes fatais no trânsito, R$ 698 milhões com feridos e ainda R$ 67 milhões com vítimas sem ferimentos.
“As concessões rodoviárias têm como finalidade suprir a necessidade de investimentos na infraestrutura de transporte, fundamental para o desenvolvimento do estado de Minas Gerais, além de melhorar as condições de segurança e conforto para os usuários”, avalia o Secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato.
A concessão dos lotes também irá incentivar encadeamentos fiscais de toda a cadeia produtiva, por meio da arrecadação de tributos. Apenas de ISS, os quatro lotes proporcionarão mais de R$ 1,2 bilhões de arrecadação para os municípios.
Melhorias
As concessionárias estarão obrigadas a realizar, já nos 24 primeiros meses da concessão, investimentos para a melhoria das condições de tráfego e segurança das estradas sob sua responsabilidade. Ao final dos seis primeiros anos de concessão, todos os trechos concedidos deverão atender aos parâmetros de desempenho especificados no programa de exploração das rodovias.
No lote Varginha-Furnas, destacam-se a inclusão de 246 km de acostamento, a implantação de 35,42 km de faixa adicional e a implantação de 5,4 km de vias marginais na MG-369 e BR-265.
Na região de São João Del Rei, haverá a inclusão de 729,40 km de acostamento e a implantação de 13 km de faixas adicionais, além da construção de cerca de 5 km de vias marginais.
No lote de Lagoa da Prata – Itapecerica, serão implantados 397 km de acostamento, além um contorno de 16,9 km no município de Santo Antônio do Monte.
No menor dos trechos, ligando Patos de Minas a Arcos, o concessionário deverá instalar 58,7 km de acostamento e um contorno de 21,6 km no município de Arcos.
Além desses investimentos, serão realizadas outras obras que visam o aumento da segurança viária, tais como a inclusão de interconexões nos principais acessos, rotatórias alongadas, travessias de pedestres e pontos de ônibus. Está previsto ainda o alargamento e/ou reforço de pontes e viadutos.
Operação conjunta combate sonegação fiscal no setor de comércio de látex de seringueira
Fraude gerou um prejuízo de R$ 40,6 milhões aos cofres públicos
Fonte: www.fazenda.mg.gov.br
O Ministério Público de Minas Gerais e a Receita Estadual, em parceria com os GAECOs de São José do Rio Preto (SP), Uberlândia (MG) e Uberaba (MG) e apoio da Polícia Militar dos estados de São Paulo e Minas Gerais, realizaram, na manhã desta quarta-feira (27/10), a operação “GEB-10 – Borracha Mineira”, que visa combater a sonegação de impostos no setor de comércio de látex de seringueira, também conhecido como cernambi.
O alvo da operação é uma empresa que se posiciona entre os 20 maiores vendedores de borracha natural - cernambi, coágulo e granulado escuro brasileiro (GEB) - de Minas Gerais, localizada no município de Fronteira, no Triângulo Mineiro, que, sozinha, comercializou, a partir de setembro de 2016, 52,3% de toda a borracha natural que saiu do estado, correspondente a 65,3 mil toneladas, no valor de R$ 356,05 milhões. Tal volume de negócio corresponde a R$ 40,6 milhões de ICMS, valor não recolhido ao Estado de Minas Gerais.
Para sonegar o imposto, a empresa compra a borracha natural de produtores rurais mineiros e simula adquirir o mesmo produto de empresas de "fachada", também conhecidas como "noteiras", localizadas, principalmente, em Espírito Santo, Goiás, Bahia, Pará, Maranhão e São Paulo. Essa prática permite que a empresa obtenha créditos de ICMS gerados pela suposta operação interestadual. Tais créditos "podres" são usados para abater no ICMS a ser devidamente recolhido.
Para concretizar a fraude, o empresário dono da empresa investigada se associou a contadores com escritórios na cidade de São José do Rio Preto, que se encarregam de abrir as empresas de "fachada" em nome de "laranjas", que, normalmente, são pessoas humildes, sem capacidade financeira, sendo que alguns deles, provavelmente, nem sabem que seus CPFs estão sendo utilizados para a prática de atos ilícitos.
A operação deflagrada visa elucidar a prática dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, lavagem de capitais e crimes contra a ordem econômica e tributária.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, em residências e escritórios de contabilidade localizados nos municípios mineiros de Fronteira e Frutal e São José do Rio Preto. Além disso, os alvos foram notificados para prestar depoimento junto ao Ministério Público, com outras duas pessoas apontadas como maiores fornecedores de créditos "podres" à empresa investigada.
Mercado da borracha
A heveicultura, ou produção de borracha, se inicia com o plantio de seringueiras pelo produtor rural. Atingida a idade produtiva, em torno de seis a sete anos, começa a extração do látex, chamado cernambi ou borracha natural, que poderá ser explorada por 25 a 30 anos, quando então as árvores precisarão ser substituídas. A seiva extraída é enviada para a indústria, onde será transformada em granulado escuro brasileiro, que é a matéria prima dos produtos à base de borracha, destacando-se os pneumáticos.
Minas Gerais foi o estado que mais plantou seringueiras nos últimos dez anos e possui entre 16 e 17 mil hectares cultivados em diversos níveis de altitude. Atualmente, o estado é o quarto maior produtor do Brasil, merecendo destaque a produção no Triângulo Mineiro, segundo dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.
O estado de São Paulo é o maior produtor e onde se concentram as maiores indústrias do setor, destacando-se, tanto na produção quanto na industrialização, os municípios de São José do Rio Preto, General Salgado, Barretos, Votuporanga e Fernandópolis, todos fazendo divisa com Minas Gerais.
CIRA
A operação é mais uma iniciativa do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA) e contou em campo com cinco promotores de Justiça, 17 auditores da Receita Estadual, 13 policiais militares de Minas Gerias e 12 de São Paulo.
Covid-19: boletim informa 5 novos casos; 2 óbitos foram confirmados
Patos de Minas chegou a 17.663 casos confirmados de coronavírus, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado nessa quarta-feira (27/10), pela Vigilância em Saúde.
O boletim de hoje traz cinco novos casos da doença, com a mesma porcentagem de ocupação em leitos Covid-19. Foram registrados mais dois óbitos no sistema: um retroativo a 25/9 (mulher, 70 anos) e outro ocorrido em 24/10 (homem, 81 anos).
Até o momento, 17.065 pessoas já se recuperaram da doença, representando 96,61% de taxa de cura, e 550 óbitos foram confirmados até o momento.
PM Rodoviária apreende 100 comprimidos de ecstasy após abordar dupla em motocicleta
Dois homens foram presos pela Polícia Militar Rodoviária (PMRr) na tarde de ontem (26), com 100 comprimidos de ecstasy. O fato ocorreu na Avenida Doutor Calil Porto, Centro de Douradoquara (MG).
Segundo informações da PMRv, durante Operação Batida Policial uma equipe visualizou dois indivíduos em uma motocicleta em alta velocidade, próxima ao trevo de Douradoquara.
Durante abordagem foi constatado que o condutor e o passageiro estavam com um invólucro contendo 100 comprimidos de ecstasy. Ainda de acordo com a PMRv, ambos são alvo de denúncias de tráfico de drogas na cidade de Coromandel (MG).
IEF e Uniube realizam primeira cirurgia de catarata em onça-parda feita no Brasil
Agora, animal ficará sob os cuidados do Cetras de Patos de Minas, onde receberá todo o tratamento adequado
Fonte: Agência Minas
O Instituto Estadual de Florestas (IEF), em parceria com o Hospital Veterinário da Universidade de Uberaba (Uniube), realizou a primeira cirurgia de catarata em uma onça-parda feita no Brasil.
A onça-parda fêmea, recebida no Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) em Patos de Minas, precisou do procedimento após sofrer um trauma na cabeça, ocorrido em 2020, o que ocasionou uma lesão ocular. Apelidado pelos profissionais do Cetras de Kiara, o animal tem 11 meses e pesa 31kg.
Kiara foi operada pelos oftalmologistas veterinários Fabrício Villela Mamede e Glauber Tasso, sob supervisão dos professores de oftalmologia veterinária da Uniube Renato Linhares, Cláudio Yudi e Ananda Teodora, além do médico veterinário do Cetras, Rafael Ferraz de Barros. Antes da cirurgia, que durou 1h30, o animal passou por exames complementares como eletroretinograma, tonometria e ultrassonografia ocular, a fim de garantir a capacidade de visão do animal.
Agora, a onça-parda ficará sob cuidados no Cetras, onde passará por exames laboratoriais, receberá alimentação à base de proteína animal e toda medicação adequada ao tratamento, além de atividades de estímulo de comportamento natural da espécie. O médico veterinário do Cetras Patos de Minas, Rafael Ferraz de Barros, destacou a importância de se reunir um grupo de profissionais renomados para realizar um procedimento tão complexo. “Ainda não havia relatos sobre esse procedimento na espécie. Foi um grande desafio para todos, mas a parceria funcionou perfeitamente e as expectativas para a recuperação são muito positivas”, comentou.
A Onça-parda (Puma concolor) ‘Kiara’ chegou ao Cetras Patos de Minas em dezembro de 2020, com idade estimada de 12 a 15 dias de vida e com um quadro neurológico de convulsões, ataxia, entre outros sintomas compatíveis de um quadro de trauma.
Desde três meses de idade apresentou seqüela decorrente de traumas na cabeça, um quadro progressivo de catarata bilateral, ou seja, nas duas vistas, que é basicamente uma opacificação da lente do olho, que inviabilizou sua visão.
O animal ainda seguirá em tratamento pós-cirúrgico no Cetras, onde receberá acompanhamento médico com uso de colírios e medicações orais baseadas em antibióticos e anti-inflamatórios. Além disso, serão realizadas atividades de enriquecimento ambiental com intuito de estimular comportamentos naturais da espécie.