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O choro de uma mãe que perde seus filhos em meio a uma tragédia ambiental

Terça 21/07/2020 - Aislan Henrique
O choro de uma mãe que perde seus filhos em meio a uma tragédia ambiental

Quando a gente vê de longe uma quantidade enorme de fumaça nunca pode imaginar que no foco do incêndio, algumas vidas estão sendo perdidas. Vida estas que ficam escondidas e, por isso, passam desapercebidas de vários olhares. O último domingo foi marcado por uma tragédia irreparável que foi vista por várias pessoas em nossa cidade e chegou a informação ultrapassou o limite do município.

Mas o que eu quero passar para você, leitor, é que fui no centro do problema, quis ver de perto a situação de como ficou a NOSSA mata do Catingueiro. Um dos primeiros lugares que procurei foi o local aonde morreram vários filhotes de cães e deparei com uma cena triste de uma mãe chorando a perda.

Ela andava de um lado para o outro. De início ficou com medo de mim, o que é normal, mas como levei água, forneci para ela e aproveitei para fazer um carinho (que todo animal ama receber). E aos poucos fui ganhando a confiança da mãe. Dali fui procurar o local triste de todo esse incêndio, a morte dos animais e das árvores e plantas. Eu fiz questão de ir ao centro da mata e o que vi foi um local devastado pelas chamas. Muitas árvores já secas ficaram caídas no chão. A terra estava bem macia e com várias erosões.

Mesmo após um dia da grande queimada, ainda havia fogo em um dos pontos da extinta mata.  Foram poucos os lugares que eu não conseguia passar. O que me chamou a atenção foi o canto dos pássaros em um local bem no centro da mata. Uma das poucas áreas verdes que não foram consumidas pelas chamas. Retornei para o ponto que entrei e me deparei com a mãe e fiz imagens que marcaram e resolvi colocar na capa desta coluna. Foi um momento realmente complicado e difícil de fazer. Sei que muitas vezes a gente não expressa os nossos sentimentos em uma matéria, mas hoje fiz questão de descrever um pouco dessa tragédia.

Pois bem, dali fui para outro ponto da mata para ver como estavam os macacos prego que ali habitam, um morador relatou que antes tinha contado 29 macacos e que após as queimadas anteriores viu o número cair.
Mas em meio a tragédia ambiental ainda foi possível ver vida ali. Mas agora resta saber. QUEM VAI TOMAR A FRENTE PARA DEIXAR AQUELE LOCAL BEM E SAUDÁVEL PARA VIDA ANIMAL?

 

 


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