Conselho Tutelar é acionado após mãe bater na filha de 9 anos ao flagrá-la gravando vídeos sensuais no celular

Nesta quarta-feira (19), uma mulher de 50 anos foi detida após agredir sua filha de 9 anos, que foi flagrada gravando vídeos sensuais no banheiro de casa. A ocorrência foi registrada após uma conselheira tutelar acionar a Polícia Militar para verificar a denúncia de agressão física.

A equipe do Conselho Tutelar foi inicialmente chamada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) depois que funcionários observaram que uma mãe havia chegado com a filha, que apresentava pequenas escoriações. Antes da chegada da equipe, a mãe e a filha deixaram a UPA sem informar seu destino.

A conselheira, no entanto, conseguiu identificar a mãe e a filha e encontrou ambas na residência onde vivem. A mãe confessou que reside sozinha com a filha e que, por volta das 00h20 da madrugada desta quarta-feira, encontrou a menina no banheiro gravando vídeos sensuais com um celular. A mãe admitiu ter agredido a filha com um fio de energia para educá-la.

Durante o depoimento, a conselheira notou que a mãe estava confusa e assustada e expressou pensamentos suicidas. Por isso, a mãe foi encaminhada ao Centro de Apoio Psicossocial (CAPS), onde é acompanhada por uma equipe de médicos psiquiátricos.

A filha foi levada à Santa Casa de Misericórdia, onde recebeu atendimento e medicação. Em conversa com a conselheira e os militares, a menina confirmou que sua mãe é paciente do CAPS, toma medicamentos controlados e consome álcool. A menina afirmou que esta não foi a primeira vez que sofreu agressões da mãe e detalhou os eventos da noite anterior, quando foi agredida com tapas, empurrões e com um fio de cobre.

Os militares também falaram com a irmã da mãe, que confirmou o histórico psiquiátrico da irmã, incluindo transtorno bipolar e tentativas de suicídio. A irmã também relatou episódios anteriores de agressão à sobrinha.

Diante dos fatos, após receber alta médica, a menina foi encaminhada a um lar provisório pelo Conselho Tutelar. A mãe continuará recebendo tratamento psiquiátrico e será acompanhada de perto para evitar futuras agressões e garantir a segurança da criança.