Orthodontic
Vestibular 2023
Vestibular 2023 Fenamilho 2024

Homem fratura o pênis durante relação sexual passa por cirurgia, veja a importância de buscar atendimento médico

Quarta 23/11/2022 - Redação Patos Agora
Homem fratura o pênis durante relação sexual passa por cirurgia, veja a importância de buscar atendimento médico
Sicoob Credipatos 3

Um homem fraturou o seu membro sexual na última terça-feira, 15 de novembro, em uma cidade mineira. Ele teve que ser socorrido às pressas e passou por um procedimento cirúrgico Patos de Minas para não perder a função sexual do pênis.

Segundo apurado pelo JP Agora, o homem fraturou a base do pênis enquanto mantinha relações sexuais com sua mulher. Sentindo bastante dor, ele buscou atendimento em um hospital da cidade e precisou ser transferido às pressas para Patos de Minas.

A urgência constatada pelos médicos era para salvar a função sexual do pênis. Se passasse muito tempo, a capacidade de manter uma ereção poderia ficar prejudicada para sempre. Então, o procedimento cirúrgico foi realizado na cidade vizinha.

Ele recebeu alta e se encontra em recuperação.

Segundo dados obtidos na internet, a média de idade dos homens atingidos varia dos 27 aos 35 anos, sendo que é mais comum em homens que têm maior frequência de relações sexuais e são mais vigorosos durante a penetração ou masturbação. Dificilmente casos são vistos após os 50 anos de idade. O paciente que sofreu a fratura precisa ser operado para a reparação dos tecidos rompidos em até seis horas após a fratura, pois quanto mais cedo, melhor o prognóstico.

MATÉRIA ATUALIZADA PARA FALAR DA IMPORTÂNCIA DE BUSCAR ATENDIMENTO O QUANTO ANTES.

LINK DE REFERÊNCIA DO TEXTO ABAIXO.

A fratura do pênis é definida como a ruptura da túnica albugínea do corpo cavernoso que ocorre exclusivamente durante a ereção. A presença de lacerações semelhantes pode ocorrer com o pênis flácido, como nas lesões por arma de fogo, entretanto, estas lesões não são descritas como fraturas. Durante a ereção, a túnica albugínea torna-se muito delgada e o aumento súbito da pressão dentro do corpo cavernoso, ocasionado pelo trauma, pode provocar a sua ruptura.

O principal mecanismo de trauma é o intercurso sexual traumático, usualmente devido à compressão do pênis ereto sobre o períneo ou a sínfise púbica da mulher. No entanto, os mecanismos de trauma são variáveis com os aspectos culturais. Em alguns países, o mais comum é o hábito de estalar o pênis para atingir a detumescência.

A fratura de pênis tem apresentação clínica típica. O paciente relata ter escutado o som (estalido) gerado pela ruptura do corpo cavernoso, seguido por dor, detumescência peniana imediata, hematoma e edema, causando deformidade peniana. O exame físico é definido como deformidade em berinjela, que consiste na combinação de edema, hematoma e desvio do pênis para o lado oposto ao da fratura. A presença de sintomas urinários deve levantar a suspeita de lesão uretral concomitante, que ocorre em até 20% dos casos.

O diagnóstico quase sempre é possível apenas com a história clínica e o exame físico adequados, sendo desnecessários exames complementares. Em casos atípicos, com diagnóstico duvidoso, alguns exames de imagem podem ser utilizados (cavernografia, ultrassonografia com doppler e ressonância magnética).

O tratamento cirúrgico imediato deve ser sempre realizado. Mesmo nos casos de diagnóstico tardio, até após 48 horas do trauma o tratamento cirúrgico continua preconizado. Durante a intervenção cirúrgica, o hematoma é esvaziado, identifica-se a lesão da túnica e realiza-se o fechamento do corpo cavernoso com sutura contínua com fio absorvível.

Apesar do tratamento cirúrgico precoce ter reduzido a incidência de complicações, 6 a 25% dos pacientes apresentarão sequelas devido à fratura de pênis, tais como: curvatura peniana acentuada, dor durante a ereção, disfunção erétil, priapismo, necrose de pele, fístula arteriovenosa, estenose uretral, entre outras.

PACIENTES E MÉTODOS

No período entre abril de 2006 e abril de 2008, no Hospital Alberto Cavalcanti - FHEMIG, 11 pacientes foram admitidos na unidade de emergência com clínica de fratura de pênis. Nenhum deles foi submetido a exame complementar, sendo todos imediatamente encaminhados para a correção cirúrgica. Foram analisadas suas características epidemiológicas e também da doença, como: idade, comorbidades, mecanismo do trauma, tempo decorrido entre o trauma e a correção cirúrgica, lesões associadas e as complicações no período pós-operatório imediato.

Todos foram submetidos à exploração cirúrgica por incisão abaixo do sulco bálano prepucial e desenluvamento do pênis até a área da lesão. Após a retirada do coágulo e identificação da lesão, foi realizado o fechamento da túnica albugínea com sutura contínua de ácido poliglicólico 2-0. Os pacientes receberam antibioticoprofilaxia com cefalosporina de primeira geração na indução anestésica e sua manutenção por mais sete dias. Eles foram cateterizados durante o procedimento para facilitar a identificação da uretra e prevenir sua lesão durante o desenluvamento peniano e fechamento da túnica albugínea. Foi realizada cistostomia em um paciente devido à verificação de lesão de uretra peniana.

A idade média foi de 36,5 anos, variando de 24 a 53 anos. O mecanismo de trauma foi: o intercurso sexual em sete, o hábito de estalar o pênis em três e o ato de forçar o pênis para baixo na tentativa de atingir a detumescência antes da micção em um paciente. O tempo entre a lesão e correção cirúrgica variou de 10 a 24 horas (média de 15 horas).

RESULTADOS

O diagnóstico de fratura peniana foi confirmado durante o peroperatório em nove pacientes. Em dois foi encontrado apenas hematoma no subcutâneo, sem indício de ruptura da albugínea durante a exploração cirúrgica. Esses dois pacientes apresentavam clínica frustra de fratura peniana no pré-operatório. Foi identificada lesão unilateral do corpo cavernoso em oito pacientes, em sete (87,5%) à direita e em um à esquerda. A lesão bilateral do corpo cavernoso foi encontrada em um indivíduo e a associada do corpo esponjoso foi observada em dois, entretanto, apenas em um houve ruptura da mucosa uretral. Esses danos ocorreram nos casos com lesões mais extensas do corpo cavernoso, como lesão bilateral e lesão de 75% da circunferência do corpo cavernoso.

O tamanho da lesão variou de 0,5 a 3,5 cm. Todas foram proximais, ventral e lateral do pênis. Não houve complicações peroperatórias. No pósoperatório, o paciente com lesão de uretra evoluiu com infecção da ferida e necrose de parte da pele do pênis. O tempo operatório variou entre 30 e 90 minutos (média de 60 minutos). A permanência hospitalar foi de dois dias para todos os pacientes. Nenhum deles recebeu medicação para prevenir ereções, apesar de serem orientados a evitar qualquer atividade sexual por 30 dias.

DISCUSSÃO

A fratura peniana representa tipo de trauma urológico relativamente incomum e, por isso, muitas vezes desconhecido pela população e pelos próprios profissionais da saúde, o que acaba retardando o tratamento adequado. Apesar do desconhecimento de sua real incidência, devido aos poucos relatos na literatura, há grande variação de sua prevalência em diferentes populações.

A fratura do pênis se dá somente quando de sua ereção. Decorre de aumento súbito da pressão dentro do corpo cavernoso, excedendo a força de resistência da túnica albugínea durante a ereção. No estado de flacidez peniana, a túnica albugínea tem cerca de 2 mm de espessura, enquanto durante a ereção tem 0,25 a 0,5 mm.8

Nos países ocidentais, o intercurso sexual traumático é o principal mecanismo de trauma, entretanto, o mesmo não se verifica em alguns países asiáticos e do leste europeu. No Japão e no Irã, 19 e 8% das lesões, respectivamente, acontecem durante o intercurso sexual. Os demais casos são atribuídos a masturbação, estalar o pênis e rolar na cama sobre o pênis ereto. Há relatos quase anedóticos de fratura devido a queda de altura, queda de tijolo sobre o pênis, masturbação utilizando uma coqueteleira, tentativa de colocar o pênis dentro da calça apertada e até um caso devido à mordedura de animal.

O seu diagnóstico é eminentemente clínico, sendo os exames de imagem reservados para casos especiais, quando a história clínica e o exame físico são duvidosos. A uretrografia retrógrada deve ser realizada na suspeita de lesão uretral, ou seja, presença de queixas urinárias como hematúria, uretrorragia e lesões bilaterais dos corpos cavernosos.17,18 A cavernografia eventualmente é utilizada diante de dúvida diagnóstica, pode fornecer resultados falso-negativos e não é isenta de complicações como reações alérgicas, fibrose do corpo cavernoso e priapismo.12,19,20 A ultrassonografia exerce papel limitado no diagnóstico da fratura de pênis, pois possui baixa acurácia, difícil interpretação dos achados e é operador-dependente. A ressonância magnética revela-se de grande acurácia diagnóstica, mas suas desvantagens são o difícil acesso e o alto custo.

A terapêutica da fratura de pênis em seus primórdios consistia em conduta conservadora, utilizando-se curativo compressivo, compressas de gelo, drogas fibrinolíticas, antibiótico e inibição farmacológica da ereção. O tratamento cirúrgico precoce passou a ser usado devido às taxas acima de 30% de complicações tardias da abordagem conservadora. Observou-se, em consequência, considerável redução dessas complicações. A correção cirúrgica imediata oferece mais chance de completa recuperação, mesmo no advento de lesões uretrais concomitantes, e consiste na melhor maneira de se obter bom prognóstico funcional.

O local e o tipo de incisão para o acesso cirúrgico variam com a experiência do cirurgião, sendo mais utilizada a incisão circunferencial distal, que é mais estética, permite a exposição ampla dos corpos cavernosos e a abordagem de possível lesão uretral associada. É recomendado, após identificado o local da lesão da túnica vaginal, o seu fechamento com sutura contínua ou com pontos separado, com fio absorvível. O uso de fios inabsorvíveis (nylon) com nó invertido permite ótimos resultados e custo mais baixo.

CONCLUSÃO

O diagnóstico e o tratamento da fratura de pênis são controversos devido, especialmente, ao baixo número de estudos com casuísticas extensas. O conhecimento de como ocorre, a compreensão de sua relação com questões culturais potencialmente modificáveis e o seu reconhecimento precoce podem evitar lesões, possibilitar rapidez em seu diagnóstico e tratamento adequado, com redução das sequelas.

Politecnico

Compartilhe


Comentários

Anuncie Aqui
Whatsapp
Padaria Nova Viçosa
MT Imports
Anuncie Aqui
Whatsapp
Padaria Nova Viçosa
MT Imports