Detento fica gravemente ferido no presídio Sebastião Satiro após briga entre membros do PCC e do CV

Um grave incidente foi registrado na segunda-feira (16) durante o fechamento dos detentos na cela cinco, após audiências virtuais, no presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas–MG. O caso gerou tumulto no bloco e exigiu rápida atuação da equipe de plantão para conter o conflito.

Conforme o relato do policial penal plantonista, ao perceber uma grande confusão no bloco, a equipe foi acionada e encontrou um detento deitado no chão, com múltiplos ferimentos. A vítima apresentava perfurações no braço, um supercílio aberto com sangramento, além de hematomas no rosto e nos punhos.

O detento foi imediatamente removido da galeria e encaminhado à enfermaria do presídio, onde recebeu os primeiros socorros. Após avaliação médica, constatou-se a necessidade de transferência para a Santa Casa de Misericórdia. Lá, a vítima passou por sutura no supercílio e foi diagnosticada com sangramento interno na cabeça, condição que exigiu internação hospitalar.

Segundo informações apuradas, a agressão teria ocorrido após os detentos da cela dois chamarem a vítima. Ao se aproximar, ele foi atacado fisicamente com murros e teve a cabeça repetidamente puxada contra as grades da cela. Um detento de 27 anos assumiu a autoria da agressão e alegou que a vítima havia se identificado como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), originário de Ipatinga, na região de São Francisco. Segundo o agressor, a vítima teria matado vários membros do Comando Vermelho (CV), grupo ao qual pertencem os detentos da cela dois.

Durante o depoimento, a vítima relatou que o agressor tentou perfurá-lo com um sucho (arma artesanal) durante o ataque e afirmou que deseja representá-lo judicialmente por tentativa de homicídio. No entanto, a busca no local não localizou o objeto mencionado.

Além da agressão, a situação escalou ainda mais com ameaças por parte dos detentos das celas dois, três, quatro e cinco. Os presos manifestaram insatisfação com a presença da vítima e de outro detento transferido recentemente, ameaçando “quebrar o presídio” caso ambos permaneçam na mesma galeria.