Céu de Patos de Minas é encoberto por densa camada de fumaça

Os moradores de Patos de Minas e região foram surpreendidos na madrugada deste domingo (25) com uma situação inusitada: o céu coberto por uma densa camada de fumaça. Esse fenômeno atípico é resultado da combinação de uma frente com a quantidade de queimadas pelo país, como as que estão acontecendo em vários pontos da Região Sudeste.

O fenômeno, conhecido como pluma de fumaça, ocorre quando grandes quantidades de fumaça geradas por incêndios florestais formam nuvens que podem se espalhar por milhares de quilômetros. Essas nuvens, ao se propagarem, obscurecem o sol e comprometem a visibilidade, criando um cenário que, para muitos, lembra uma neblina densa.

Só este ano, Minas Gerais registrou 4.268 focos de incêndio em vegetação – um aumento de 52% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). É o maior número desde 2010, quando no mesmo período teve 4.521 casos.

De acordo com imagens de satélite da NASA obtidas neste sábado, mesmo que as chamas sejam contidas nos próximos dias, as plumas de fumaça devem permanecer no Brasil pelo menos até o dia 29 de agosto. A propagação dessas plumas é intensificada por condições meteorológicas específicas, como o tempo seco e os ventos de pré-frontal, característicos desta época do ano, que geralmente ocorre entre o final de agosto e setembro.

A presença da fumaça no ar pode trazer uma série de impactos, desde a redução da qualidade do ar até problemas de saúde, especialmente para pessoas com doenças respiratórias.

Foto: Nasa