Após investigação PC apresenta pai e filho e procura outros dois por crime de homicídio

A Polícia Civil apresentou na manhã desta quarta-feira (10), dois suspeitos de terem cometido o assassinato de Gabriel Caetanos dos Reis, conhecido como “Biel”, desaparecido desde o ano passado. Outros dois suspeitos ainda encontram-se foragidos.

O crime ocorreu quando Gabriel saiu de casa de bicicleta para ir até o velório de Maicon Borges de Souza, um adolescente de 16 anos que havia sido assassinado a tiros na porta de casa no Bairro Boa Vista no dia 21 de julho de 2016. Após o velório, Gabriel foi visto entrando no carro com dois homens e depois disso não foi mais encontrado.

Segundo o delegado Érico Rodovalho, a versão dada pelos suspeitos no ano passado era de que durante o passeio no carro, Gabriel teria descido do veículo próximo ao PTC II e desde então não havia retornado. Após a apresentação de uma prova, os suspeitos modificaram o depoimento e confessaram o crime.

A versão apresentada é que no dia do velório de Maicon, os quatro familiares saíram em um carro conduzido pelo suspeito Hélio José Souto, com duas testemunhas presenciais do homicídio, no intuito de obter informações sobre os autores do crime.

Durante todo o trajeto, Gabriel e a outra testemunha não deram informações sobre o caso e em certo o momento, os familiares pararam o veículo e tentaram novamente dissuadi-los para que eles pudessem contar.

O suspeito Altamir Vicente Fernandes encontrava-se em posse de um revólver calibre .22.  A Polícia Civil não afirma se a arma foi entregue por livre e espontânea vontade, ou se o suspeito Higo Vinicius Gonçalves Souto, teria lhe tomado.

Após ver a arma, “Biel” ficou com medo e saiu correndo do local. Tentou escalar um muro e não conseguiu, voltando em direção aos quatro suspeitos. Higo alega que se sentiu ameaçado pelo comportamento de Gabriel e disparou o revólver.

O tiro atingiu a bochecha de “Biel”, que caiu no chão. Segundo o autor confesso do disparo, ele não pretendia matar a vítima e sim apenas intimidá-lo para descobrir a autoria do homicídio de Maicon.

Ao perceberem que “Biel” encontrava-se praticamente morto, os quatro suspeitos decidiram retirá-lo do local para que pudessem ocultá-lo. Guiados por João Carlos Fernandes, o quarteto levou o corpo de “Biel”, já sem vida, para o Arraial dos Afonsos.

No local, os quatro esconderam o cadáver em uma ribanceira próximo a uma fazenda e posteriormente ocultaram o corpo em um bambuzal. Após as intensificações da investigação, o corpo desapareceu do local e provavelmente teria sido removido por um dos envolvidos.

Denúncias indicam que o corpo foi envolvido em um saco plástico cheio de pedras e dispensado no fundo do Rio Paranaíba. Devido ao tempo decorrido, o cadáver provavelmente não será encontrado pelos investigadores.

Mesmo sem o corpo, os suspeitos responderão pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe que dificultou defesa da vitima e ocultação de cadáver. Com o assassinato de Gabriel, o ano de 2016 registrou o total de 20 homicídios.

Até o momento, os suspeitos Altamir Vicente Fernandes e João Carlos Fernandes encontram-se foragidos. Por pertencer a Altamir, o revólver calibre .22 utilizado no crime também não foi localizado.

O suspeito Hélio José Souto alega inocência e disse que não estava ciente do que iria acontecer no dia do assassinato de “Biel”, tendo apenas conduzido o veículo utilizado pelos quatro ao cometerem o crime.